A importância da água transcende a mera sobrevivência, sendo um pilar fundamental para a prosperidade e o desenvolvimento de comunidades e nações. O acesso à água potável e ao saneamento adequado não só é crucial para a saúde pública, mas também para a redução da propagação de doenças e a promoção da dignidade humana.
Investir em infraestrutura de água e saneamento é uma questão não apenas de saúde, mas também de desenvolvimento sustentável. Ao garantir o acesso universal a água limpa e saneamento básico, podemos melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas, reduzir a pobreza, promover a igualdade de gênero e fortalecer as economias locais. Além disso, sistemas eficientes de água e saneamento desempenham um papel crucial na preservação do meio ambiente, protegendo ecossistemas aquáticos e assegurando a disponibilidade de água para as gerações futuras.
É imperativo que governos, organizações não governamentais e o setor privado trabalhem em conjunto para garantir que a água e o saneamento sejam acessíveis a todos, contribuindo para um mundo mais saudável, justo e sustentável.
Recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam avanços e desafios persistentes no cenário do saneamento básico no Brasil.
De acordo com o último censo demográfico de 2022, o país alcançou a marca de 62,5% da população vivendo em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto, representando um aumento notável em comparação com os anos anteriores. Houve também um crescimento consistente no acesso ao saneamento básico em todo o país.
Entretanto, ainda há desafios significativos a serem enfrentados, incluindo mais de 2.300 municípios onde menos da metade da população possui acesso a esgotamento sanitário adequado. Cerca de 49 milhões de pessoas vivem em residências sem descarte adequado de esgoto, enquanto 6 milhões não têm abastecimento de água adequado.
Apesar das melhorias, há uma parcela significativa da população vivendo em condições precárias, com 1,2 milhão de pessoas habitando domicílios sem banheiros, sanitários ou buracos para dejeções. A coleta de lixo também permanece um desafio, com 18 milhões de habitantes sem acesso a esse serviço.
A situação é particularmente alarmante no Nordeste brasileiro, onde milhões de pessoas dependem de soluções emergenciais, como carro-pipa para abastecimento de água. Essas disparidades destacam a urgência de investimentos em infraestrutura e políticas públicas para promover a equidade e o desenvolvimento sustentável na região.
Embora haja progresso, é fundamental que o Brasil continue investindo em infraestrutura e políticas públicas para garantir que todas as comunidades tenham acesso a condições dignas de moradia e saneamento, promovendo assim o bem-estar e a qualidade de vida de todos os brasileiros.