O Brasil alcançou recentemente um marco significativo, com mais de 2 milhões de residências adotando a energia solar em seus telhados, representando um investimento acumulado superior a R$ 70,3 bilhões desde 2012, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) nesta quarta-feira, 17 de abril.
Segundo a ABSOLAR, esses sistemas de energia solar instalados nos telhados das casas estão fornecendo energia para mais de 2,5 milhões de unidades, através do compartilhamento dos créditos de energia gerados entre imóveis sob a mesma titularidade e na mesma área de concessão da distribuidora local.
O estado de São Paulo lidera o ranking nacional de residências atendidas pela geração própria de energia solar, com mais de 385,3 mil casas adotando essa tecnologia, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 303,1 mil, e Minas Gerais, com 291,8 mil (veja abaixo o ranking dos dez estados com maior número de unidades consumidoras abastecidas pela energia fotovoltaica).
De acordo com o estudo da ABSOLAR, os sistemas de energia solar instalados nos telhados das casas totalizam aproximadamente 13 gigawatts (GW) de potência instalada, distribuídos em mais de 5,5 mil municípios brasileiros. No geral, a capacidade operacional de geração própria de energia solar ultrapassa os 28 GW no Brasil, atendendo mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, destaca que a energia solar é uma opção acessível para todos os tipos de consumidores, especialmente considerando a queda de aproximadamente 50% nos preços dos painéis solares em 2023, segundo estimativas de analistas de mercado. Ele enfatiza que este é o momento ideal para investir na tecnologia fotovoltaica, aproveitando os benefícios de economia na conta de luz e os aspectos sustentáveis dessa fonte de energia.
Por sua vez, Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, ressalta que o investimento em sistemas solares geralmente se paga em um período de quatro a cinco anos, em média. Ele destaca também a disponibilidade de cerca de cem linhas de financiamento, oferecidas por instituições financeiras, fintechs e cooperativas de crédito, como uma maneira de democratizar o acesso à energia solar. Sauaia conclui que a energia solar é uma das soluções mais acessíveis para os consumidores brasileiros alcançarem economia, autonomia, liberdade e previsibilidade energética.